Põe tua mão na mão do meu Senhor...

Que eu não ando a bater bem dos pirolitos já deu para compreender. 
Tenho tido algumas noites complicadas, resultado de mudanças bruscas de rotina, de questões mal resolvidas e dúvidas que morrerão dúvidas. Confesso que chegava a casa com um enorme aperto no peito e anteontem senti meu o mundo desmoronar. Verdade. Sou transparente. Minha noite terminou comigo ajoelhada no chão da cozinha, a chorar e a pedir ajuda a Deus. Sempre Lhe pedi mas nessa noite não foi só pedir, foi suplicar.
Adormeci a rezar, a pedir por respostas, por uma luz que me indicasse o caminho a seguir. Não espero respostas fáceis, apenas umas dicas.
Acordo sempre bem-disposta pelo menos nos primeiros minutos até lembrar-me do que tenho por resolver e eis que o aperto no peito regressa.
Ontem tive um serão mais calmo. O JP há muito que queria falar comigo mas eu não estava disponível para conversar. Conversas de circunstância não são o meu forte neste momento. Preciso pensar, colocar as ideias no sítio. Mas ontem senti que deveria falar com o JP até porque já tinha percebido que ele tem um relacionamento 'próximo' com Deus e eu com dúvidas por tirar. Acho que o bombardeei com imensas questões, tentar perceber o sentido de humor irónico de Deus, como ele consegue ser sacana de vez enquando, porque não me ouve, porque não me responde, porque me deixa em lista de espera enquanto resolve outras questões. JP foi uma lufada de ar fresco. Consegui entender que as respostas estavam com ele, ele sabia o que eu precisava saber, conseguiu acalmar o meu coração e dar sentido à bagunça que sentia na minha cabeça. Foi engraçado perceber que não havia outra forma de eu ouvir as respostas que Ele tinha para mim no meio da confusão e do barulho que se faz sentir na minha mente. Deus não conseguia chegar a mim e arranjou forma de o fazer. A meio da conversa JP diz-me que sabia que precisava de falar comigo, que sentia que devia fazê-lo. A minha parte mais céptica achou conveniente toda a conversa mas havia coisas, respostas que faziam sentido, não podia ignorar aquela conversa. 
O serão terminou comigo a respirar de alívio. O JP deu-me o que precisava naquele momento, a sensação de que afinal eu sou ouvida, que tudo tem solução mesmo que na escuridão não consigamos ver.
Acordei esta manhã com uma energia diferente, mais aliviada. Triste na mesma mas uma tristeza diferente, saudosista, mas mais fácil de lidar. Todas as manhãs (e creio já ter escrito isto algures no blog) acordo com uma música na cabeça. Não tenho rádio despertador, é mesmo o telemóvel com uma melodia meio manhosa. Minha cabeça arranja uma música sozinha e vou fazendo a rotina matinal a cantarolar. Não pude deixar de sorrir pela ironia, acordei a cantarolar o ' põe a tua mão na mão do meu Senhor da Galileiaaaaa'. 
Podem rir, eu fiz o mesmo!! 

Comentários

  1. Espero que vás melhorando agora que tens algumas respostas. Muita força daqui para a frente!
    Essa música é demais e agora não me sai da cabeça :S
    Bjs

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