Nascer, crescer e morrer.
Muitas pessoas afirmam que gostariam de nascer de novo ou voltar a ser crianças. Eu própria já o referi imensas vezes ao longo da minha vida porque achava piada ter a oportunidade de começar de novo ou regressar a algum ponto em que pudesse corrigir uma coisita aqui e ali e modificar o presente. Hoje já não penso assim, ou talvez agora não consigo pensar assim.
Nascer de novo seria começar tudo de novo, soa-me a imensamente cansativo. Voltar a ser criança seria voltar a ser ainda mais ignorante do que sou agora e mesmo que numa ignorância saudável, afastada do mundo graúdo e complicado, teria uma longa caminhada pela frente por situações, sítios e pessoas que, honestamente, não ia querer repetir a experiência. Portanto, teria de alterar, não uma coisinha mas basicamente tudo. Não seria quem sou agora, poderia ser bem melhor mas também poderia ser bem pior. Não correria o risco.
Nascer, crescer e morrer parece-me, portanto, a linha temporal mais perfeita. Nada de voltar atrás e muito menos olhar para trás porque o que tinha a aprender e a corrigir já está feito. Agora é olhar em frente, de preferência para o agora, para este segundo, para este momento e senti-lo como perfeito para mim, como meu, como único e como algo que controlo. Só assim terei a certeza que as rédeas são minhas, que sou eu que decido se quero um amanhã igual a hoje ou diferente.
Neste momento, quero-o completamente diferente. É a fase crescer.
Neste momento, quero-o completamente diferente. É a fase crescer.
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