Há um limite de perdões
Julgo sempre que já vi de tudo, que já ouvi de tudo, que nada mais vai surpreender-me em relação a alguém mas quando penso isso eis que a pessoa consegue de novo, e infelizmente, surpreender-me pela negativa.
A desilusão já é tão grande e tão enraizada em mim que há momentos que penso que mais nada magoa-me, mais nada conseguirá trazer ao de cima algum tipo de sentimento positivo e bonito em relação a essa pessoa.
Não vou afirmar que as pessoas enganam e andamos cegos e não vemos quem realmente as pessoas são, porque há sempre sinais, pistas, momentos em que o lado lunar surge, um podre que liberta o seu odor e ficamos a conhecer melhor as pessoas. E sim, é nosso erro quando insistimos que vale a pena ter fé em certas pessoas, que elas estão a passar por fases complicadas mas que, num belo dia, voltarão a aterrar no planeta e tudo se irá compor. Mas ver as pessoas desperdiçarem oportunidades que vamos dando, votos de confiança que vamos depositando, e pior, serem capazes de gozar e afirmar que os tolos somos nós é algo que já não consigo desculpar.
Lamento! Caí na primeira, na segunda, na terceira, na milionésima vez e em todas elas acabei o dia revoltada comigo, apenas comigo, por ser ingénua, por ser boa pessoa para quem não merece, por deixar-me afectar por gentinha que merece mesmo é dar com os burros na água e não mais levantar-se.
As pessoas esticam-se demais, até onde deixamos e nós mesmos julgamos-nos elásticos, flexíveis o suficiente para ir desculpando infantilidades.
Mas tudo tem um princípio e um fim. Podemos ir adiando o fim, podemos adia-lo mesmo até à nossa morte, mas há outros fins que só adiamos por uma dose brutal de masoquismo.
Contudo, quando a raiva toma o seu lugar no nosso coração a beleza das pessoas desaparece e com ela a nossa vontade de sequer desejar-lhe o melhor da vida. Posso ser hipócrita e dizer que desejo o que quero para mim, não vá a lei do retorno estar à escuta mas não o desejo de forma alguma. A vida deveria ser justa e não mais colocar no caminho dessas pessoas alguém como eu mas sim apenas grandes cabrões.
Se a lei do retorno está à escuta, paciência. Também já bati no fundo do poço. Que o karma também esteja à escuta e mexa as palhinhas por mim.
Contudo, quando a raiva toma o seu lugar no nosso coração a beleza das pessoas desaparece e com ela a nossa vontade de sequer desejar-lhe o melhor da vida. Posso ser hipócrita e dizer que desejo o que quero para mim, não vá a lei do retorno estar à escuta mas não o desejo de forma alguma. A vida deveria ser justa e não mais colocar no caminho dessas pessoas alguém como eu mas sim apenas grandes cabrões.
Se a lei do retorno está à escuta, paciência. Também já bati no fundo do poço. Que o karma também esteja à escuta e mexa as palhinhas por mim.
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