Nome de código: Marin Frist

Gostava de um dia escrever um livro. Fazer como se vê nos filmes, pegar no portátil e começar a teclar sem parar extasiada com cada palavra. Sempre tive essa ilusão de que um dia iria escrever algo que valesse a pena ler. Nada enfadonho, lamechas ou demasiado longo, mas algo que cativasse a atenção do leitor. Já me lembrei de escrever sobre factos da vida, sobre aventuras vividas transformadas em romance e aventura, sobre factos e experiências paranormais, uma auto-biografia da minha curta existência, pensamentos, poemas ou, acreditem ou não, publicar minha tese de licenciatura…esta última uma febre que fiz há uns anos mas passou logo com meia dúzia de comprimidos!!!
Sim, imaginei-me a ser uma Marin Frist no Alaska (da série Men in Trees) e viver uma vida de escritora famosa que ganha coragem de viajar para um sítio longínquo, faz uma data de amigos fantásticos, vive um romance maravilhoso com um verdadeiro pão e ainda assim ganha rios de dinheiro à custa de vida amorosa dos outros! Seria portanto uma Sílvia Maria em Trás-dos-Montes ou algo parecido!! Porque não escolhi uma profissão assim? Ser linda e maravilhosa e puder passar o dia a escrever sucessos atrás de sucessos?
Sou fã dessa série que já vi repetidas e repetidas vezes, tantas que eu própria conseguiria fazer um episódio sozinha e encarnar todas as personagens! O que me fascina é a veia aventureira que é realçada na série e que na minha cabeça lateja sem parar, pena que seja mesmo ao lado da veia medricas que é um bocado mais larga e portanto na qual corre mais sangue!!!
Passo minha vida a adiar este tipo de aventura, ou porque sou muito nova, ou porque não tenho dinheiro, ou porque tenho meus estudos para acabar, ou porque comecei a trabalhar e deixa-me juntar mais uns trocos para não passar muitas privações, ou porque namoro e seria chato e agora porque vou ser tia e não posso perder de modo algum esse momento. Daqui a uns anos poderei escrever que não viverei essa aventura porque ir de andarilho não dá muito jeito…!!!
Não queria ser este tipo de pessoa que adia viver a vida de forma descontraída, gostava realmente de ser mais relaxada e tal como os escritores viver num mundo diferente.
Sim, um dia eu imaginei ser escritora de qualquer coisa mas não tenho a mínima queda para isso e portanto escrevo tolices num blogue. Quem sabe um dia...

Comentários

  1. Vou ficar bravo com você agora, menina. Não escreves nenhuma tolice. É delicioso ler o que escreves. O tempo passa e nem se nota. Fico triste quando acaba o texto e por diversas vezes me recordo de seus textos durante meu trabalho. Até rio um pouco imaginando a situação do "aparelho de fumar", por exemplo. Tens um poder de descrição maravilhoso. Vive-se a leitura de seus escritos. Essa é minha opinião e nunca vou abrir mão de lê-la. Mesmo quando estiveres famosa (e de repente nem conheces mais seus pobres amigos bloggeiros virtuais) continuarei a perseguí-la. Beijinhos de reconhecimento de talento. Manoel Eduardo - Brasil.

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  2. Blog do Óbvio: Manoel não fique bravo comigo não!! Até corei ao ler seu comentário de tão bom que é. Mil obrigadas por tamanha simpatia. Será daqueles comentários que irei ler e reler pelo gosto que dá! Imensa felicidade em saber que o Manoel gosta do que escrevo e que não acha tolices. Prometo que um dia que seja famosa não me esqueço do Manoel, sem dúvida que não. E se receber algum prémio direi o seu nome nos agradecimentos pelo encorajamento :)
    Mil beijos

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