Recém mamã

Isto de se ter, de repente, uma criança para cuidar tem o que se lhe diga. E quem diz criança diz o Ruca, o felino.
Custa-me imenso que passe este tempo todo sozinho e tenho-o quase que constantemente no pensamento. Ele é um autentico bebé e tantas horas sozinho não lhe devem saber nada bem mas também nada posso fazer para atenuar essa questão. 
Tenho tentado, nestes últimos dias, passar o fim do dia e a noite com ele e compensar-lhe a atenção que não posso dar-lhe durante a tarde e mesmo quando durmo pois feitas as contas, não são muitas as horas que faço companhia o que deixa-me de consciência pesada. Espero que, com o tempo, ele compreenda e se habitue à ideia até porque não irei ficar todas as noites a fazer-lhe companhia. Se a vida social já era fraca não a posso anular por completo.
Mas consigo, com isto, perceber que ter um animal para cuidar ensina-nos imensas coisas e das primeiras que já aprendi foi que não devemos ter medo de nos darmos. O Ruca veio para um lar estranho e de um momento para o outro ficou nas mãos de alguém que desconhecia mas não teve medo de entregar-se, de dar-se a conhecer, e de dar e receber carinho. E ele tem toda a razão. 
Tem alturas que fico a olhar para ele e considero-o um valente. Mais corajoso que eu e só tem dois meses!


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