Auto-estima num relacionamento

Uma das coisas boas de estarmos sozinhos, e por sozinhos entenda-se solteiros, é não sofrermos com tanta regularidade das inconstâncias da auto-estima. Aceitamos que estamos solteiros, acostumamos-nos à ideia e começamos a viver em nossa função. Tudo o que fazemos é por nós e pelo nosso bem-estar sem pensar numa outra pessoa ou na ideia de agradar alguém.
A partir do momento em que permitimos a entrada na nossa vida começamos a questionar imensa coisa a nosso respeito. Será que estamos bem assim? Será que agradamos desta forma? Será que vamos tornar-nos cansativos, enjoativos, uma valente seca? Será que a outra pessoa não se importa de ver-me de pijama e com ar sostro? Será que vou perder a piada com o tempo e dar aso a que outras pessoas iludam no meu lugar? Uma panóplia de questões. 
Quando namoramos muito tempo demoramos a acostumarmos-nos a estar sozinhos mas depois começa a fazer mais sentido estarmos sozinhos e começamos a duvidar da nossa capacidade de partilha numa vida a dois. Confesso que fui pessoa de afirmar a pés juntos que não fazia a mínima ideia de como tinha conseguido gerir um relacionamento. Tudo começou a parecer-me difícil demais. Termos de adaptar horários, ter 'satisfações' a dar, as preocupações com a 'concorrência'...
Obviamente que falo apenas nas questões menos boas. Não esqueço que um relacionamento vem acompanhado do que de melhor a vida pode oferecer. Vale sempre a pena os momentos de carinho, os sorrisos, o toque, as palavras que confortam o coração e fazem-nos sentir no topo do mundo. Mas é inevitável que, quando gostamos de alguém, a nossa auto-estima é a que sofre mais pancadas, colocada à prova a todo o momento perante imensos desafios que só os fortes conseguem enfrentar sem desistir pelo caminho.
Estou para ver como a minha vai comportar-se. Friamente analisada a situação sei que estou perante um desafio e tanto...

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