Nem sempre o caminho mais curto é o mais fácil
Partir do princípio que tudo se resolve de uma forma ou de outra é conformar-nos.
Quando algo não corre como o esperado, ficarmos de braços cruzados à espera que o tempo cure ou resolva é admitirmos que somos fracos e não temos coragem de fazer algo para mudar.
Gritarmos bem alto as nossas dores e frustrações diárias é o caminho mais fácil que podemos escolher e, regra geral, é o que optamos por nos dar um conforto imediato mas efémero e por isso gerador de mais frustrações e de um ciclo vicioso perigoso.
O ser humano precisa dessa frustração para seguir em frente. “Queixar-se” é um estado normal do corpo como impulso para a realização da tarefa seguinte mas será sempre um caminho mais penoso pois trará mais situações de que se queixar e toda a sua realização se fará com bases de dor, sofrimento e tristeza.
Insatisfeito por natureza, o homem procura resoluções de conforto imediato ignorando que as verdadeiras conquistas se fazem gradualmente, passo a passo. É a forma mais segura de garantir que o que constrói não se destrói, que não volta a cometer os mesmos erros, que não volta a sentir as mesmas dores.
Todos temos psicoses às quais nos agarramos para fugir da nossa realidade. Arranjamos uma forma ou outra para encobrir a nossa culpa de erros cometidos e más escolhas e tendemos a culpar o próximo, o Governo, a economia, da nossa insatisfação. Admitir que nós é que traçamos o nosso presente e que somos o resultado das nossas escolhas passadas é meio caminho andado para construirmos um futuro mais risonho, livre de quaisquer punições e frustrações.
Inundados de pensamentos a cada segundo, temos a liberdade de escolher como desejamos nos sentir e o partido que queremos tirar desse estado de espírito.
Existe quem se agarre ao trabalho, aos filhos, ou à constante necessidade de limpeza e organização. Tudo são escapes inconscientes de uma realidade que não queremos encarar, uma forma de distrair nossa mente e fugir da resolução. Mas não é mais do que um adiar. O problema ou situação incómoda vai continuar presente, adormecida ou até mesmo esquecida até que um outro acontecimento a desperte e regresse para nos atormentar. Por mais que nos custe, por mais doloroso que seja, é fundamental agir, encarar de frente e resolver. Só assim seremos capazes de evitar outras situações de incomodo; só assim conseguiremos ficar mais fortes, mais capazes, mais seguros.
O que queremos fazer? O que queremos ser? Onde queremos chegar? Podemos muitas vezes não saber a resposta a estas perguntas mas a resposta existe, dentro de nós e está apenas à espera de ser colocada em prática. Como? A partir do momento em que nos libertamos do que nos atormenta a mente e nos incomoda e somos capazes de olhar para dentro de nós e manter um dialogo connosco. Só quando conseguirmos ser honestos connosco seremos capazes de olhar em frente e não para o lado e travar a batalha que há muito adiavamos. Um diálogo com o nosso ser permite-nos conhecer-nos, sabermos do que somos capazes e para onde devemos e queremos ir. Mais ninguém tem a solução para os nossos problemas que nós mesmos. Podemos ter um ombro amigo, um "empurrão" de alguém mas para isso precisamos de estar dispostos a receber a ajuda, só depende de nós. E ficar parado não é concerteza a melhor opção.
Quando algo não corre como o esperado, ficarmos de braços cruzados à espera que o tempo cure ou resolva é admitirmos que somos fracos e não temos coragem de fazer algo para mudar.
Gritarmos bem alto as nossas dores e frustrações diárias é o caminho mais fácil que podemos escolher e, regra geral, é o que optamos por nos dar um conforto imediato mas efémero e por isso gerador de mais frustrações e de um ciclo vicioso perigoso.
O ser humano precisa dessa frustração para seguir em frente. “Queixar-se” é um estado normal do corpo como impulso para a realização da tarefa seguinte mas será sempre um caminho mais penoso pois trará mais situações de que se queixar e toda a sua realização se fará com bases de dor, sofrimento e tristeza.
Insatisfeito por natureza, o homem procura resoluções de conforto imediato ignorando que as verdadeiras conquistas se fazem gradualmente, passo a passo. É a forma mais segura de garantir que o que constrói não se destrói, que não volta a cometer os mesmos erros, que não volta a sentir as mesmas dores.
Todos temos psicoses às quais nos agarramos para fugir da nossa realidade. Arranjamos uma forma ou outra para encobrir a nossa culpa de erros cometidos e más escolhas e tendemos a culpar o próximo, o Governo, a economia, da nossa insatisfação. Admitir que nós é que traçamos o nosso presente e que somos o resultado das nossas escolhas passadas é meio caminho andado para construirmos um futuro mais risonho, livre de quaisquer punições e frustrações.
Inundados de pensamentos a cada segundo, temos a liberdade de escolher como desejamos nos sentir e o partido que queremos tirar desse estado de espírito.
Existe quem se agarre ao trabalho, aos filhos, ou à constante necessidade de limpeza e organização. Tudo são escapes inconscientes de uma realidade que não queremos encarar, uma forma de distrair nossa mente e fugir da resolução. Mas não é mais do que um adiar. O problema ou situação incómoda vai continuar presente, adormecida ou até mesmo esquecida até que um outro acontecimento a desperte e regresse para nos atormentar. Por mais que nos custe, por mais doloroso que seja, é fundamental agir, encarar de frente e resolver. Só assim seremos capazes de evitar outras situações de incomodo; só assim conseguiremos ficar mais fortes, mais capazes, mais seguros.
O que queremos fazer? O que queremos ser? Onde queremos chegar? Podemos muitas vezes não saber a resposta a estas perguntas mas a resposta existe, dentro de nós e está apenas à espera de ser colocada em prática. Como? A partir do momento em que nos libertamos do que nos atormenta a mente e nos incomoda e somos capazes de olhar para dentro de nós e manter um dialogo connosco. Só quando conseguirmos ser honestos connosco seremos capazes de olhar em frente e não para o lado e travar a batalha que há muito adiavamos. Um diálogo com o nosso ser permite-nos conhecer-nos, sabermos do que somos capazes e para onde devemos e queremos ir. Mais ninguém tem a solução para os nossos problemas que nós mesmos. Podemos ter um ombro amigo, um "empurrão" de alguém mas para isso precisamos de estar dispostos a receber a ajuda, só depende de nós. E ficar parado não é concerteza a melhor opção.
Gostei desta parte: "(...) tendemos a culpar o próximo, o Governo, a economia, da nossa insatisfação". É mesmo assim que eu penso: atiramos sempre a culpa para as costas dos outros. Geralmente, quem muito se queixa são os que menos fazem.
ResponderEliminarEm relação ao teu texto: penso que esse renunciar de culpas é parte de todos nós. Se não o fizessemos, entraríamos em depressão profunda (há quem o faça e já sabemos como ficam) e não sairíamos do buraco. É o primeiro passo para a resolução dos nossos problemas: aliviar a tensão, diminuir a pressão. Nesse aspecto não concordo contigo, pois é importante passar por esse passo.
Agora, falta é o resto. Aquilo de que falaste, evoluir. Não apenas queixarmo-nos e atribuir as culpas a outrém, mas resolver, de facto, os problemas e seguir em frente.
Para, no fim, dizer: "não, a culpa não era deste nem daquele, era minha; mas encarei o touro pelos cornos e sai ganhando".
P.S.: Deu para ver que envias, tal como eu, mensagens a ti própria.
Constatei também outra situação, que é a razão de eu me ter prendido no teu espaço. ;)
Aceita essa ajuda.
Gimbras: não penso que devemos tornar-nos mártires, isso não, mas assumir a culpa é uma forma de crescer.
ResponderEliminarDizem que todas as pessoas que passam na nossa vida passam por um motivo ;)
Sempre fui péssima a pedir ajuda mas aceito sempre que surge :)
Adorei este post e não podia estar mais de acordo contigo, tal como tu não consigo pedir ajuda, espero sempre que as pessoas que me rodeiam me conheçam e percebem sem que eu lhes pessa ;)
ResponderEliminarBjinhos
Acertaste na mosca na tua segunda frase - é a tal mensagem implícita que deixei no meu p.s..
ResponderEliminarPuxa, Sílvia Maria, que espetacular aula de conhecer-se e resolver-se que você deu. Parabéns. É mesmo verdade que colhemos o que plantamos e não adianta culpar ninguém. Também é verdade que quando adiamos a solução de um "probleminha" ele vai, como uma pequena planta, crescendo dentro da gente. Quando não há mais saída e temos que encará-lo, ele já virou um "problemão".
ResponderEliminarUm carinhoso beijo. Manoel Eduardo - Brasil.
Crayon: pois... mas às vezes estão desatentos!
ResponderEliminarBeijos
Gimbras: eu percebo tudo ;)
Blog do Òbvio: custa admitir para seguir em frente mas é a melhor maneira não é?
Beijos
Infelizmente é uma realidade. As pessoas não conseguem andar com a sua vida para a frente porque são incapazes de parar um pouco e de tentar perceber o que lhes vai na alma.
ResponderEliminarConhecermo-nos não é uma tarefa fácil, porque no fundo, nós somos os primeiros a ter medo dessa busca...
Elisabete: para além de mim, tenho uma amiga que foge dessa busca como o diabo foge da cruz...MEDRICAS!!
ResponderEliminarMas tu foges? Tens medo do quê, afinal? És tu própria, ainda se fosse um estranho...
ResponderEliminarGimbras: tenho me esquivado um pouco mas já estou melhor.
ResponderEliminarMuitos anos acompanhada fizeram-me desconhecer-me, perder minha identidade, meus traços e, passado esse tempo todo, tornou-se assustador saber quem sou. Penso que até à pouco tempo me sentia uma estranha para mim mesma...
Curioso. Não és a primeira e, de certeza, não serás a única pessoa a admitir que perdeu a identidade durante uma relação duradoira. Costumo dizer: as pessoas têm de ser elas mesmas, não podem mudar completamente em função de um amor, sob pena de deixarem de serem quem eram e, também por isso mesmo, perderem a paixão do companheiro.
ResponderEliminar:D Óbvio que isto é muito bonito... mas aplicá-lo...
Gimbras: não perdi completamente a minha identidade mas que mudei muito para agradar admito que sim. Mas é inevitável numa relação duradoira adoptarmos alguns traços da personalidade do outro. Costumo brincar e dizer que é como os animais que ao final de algum tempo de convívio começam a parecer o dono!! :p
ResponderEliminarCurioso é quando tentamos voltar a ser nós mesmos mas já não agradamos tanto por não sermos "ele".
Complicadinho o ser humano não é?!?
«(...) já não agradamos tanto por não sermos "ele".» Não entendi esta parte. Ele quem? O companheiro, ou nós próprios?
ResponderEliminarClaro que mudamos, mas deixar de sermos nós mesmos verdadeiramente não tem lógica. O outro tem de nos amar por aquilo que nós somos, não porque aquilo que quer que sejamos. Senão gosta, azar. Haverá quem gostará.
Claro que há adaptações. :D
Gimbras: "ele" o companheiro.
ResponderEliminarSim, têm que gostar de nós como somos senão não faz sentido, mas há ajustes, as pessoas moldam-se uma à outra e as cedências acontecem. Se não acontecerem estaremos a ser egoístas
E não é assim tão linear o "haverá quem gostará". Já acreditei mais nisso.
Acho que as pessoas cada vez menos querem fazer sacrifícios pelo outro e isso não me agrada. Capas duras são bonitas só nos livros.
Falaste bem, não podia estar mais de acordo. Ajustes, adaptações, tem de haver. Modificações radicais e abdicações, etc, isso não.
ResponderEliminarUi... céptica?
Descrente, prefiro.
ResponderEliminarVá lá. Sabes que é o sonho que comanda a vida... e assim... não dá.
ResponderEliminarDá dá :)
ResponderEliminar:)
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