Novo ciclo de vida: aceitação

Em pulgas, é como estou nos últimos dias.
As razões são tão variadas como as minhas mudanças de humor. Cada vez mais suspeito de uma bipolaridade latente.

Pudesse eu escrever todos os pensamentos para aliviar o peso da mente mas não posso. Há coisas que devem mesmo ficar no nosso íntimo ou escritas em papel para mais tarde queimar.

Um novo ciclo foi iniciado. Agarrei-me com mais afinco ao Reiki e em apenas duas sessões recuperei, a bem dizer, 50% da minha força e auto-confiança. Sinto-me, sem dúvida, mais capaz de enfrentar o mundo e de defender o que é meu por direito, na lei dos homens e na lei de Deus. Estou em contacto comigo mesma, já não ando tão desligada do meu Eu. 

Existem situações que agora olho com outros olhos e outra sapiência. Entendo melhor que os outros vivem numa constante frustração que os consome. Olho ao meu redor e vejo companheiros de viagem perdidos, sem rumo, abraços com uma sociedade que criaram carregada de armadilhas, desilusões e conflitos. Descarregamos uns nos outros os nosso medos, vivemos à velocidade máxima para alcançar um pseudo-destino que nunca alcançaremos e abraçamos inconscientemente a morte diária de quem verdadeiramente somos para nos afundarmos em cansaço e perda de amor pela vida. Sobrevivemos.

Não consigo fazer ver a quem amo como erra no seu pensamento. O seu livre-arbítrio leva-os a todos a escolher aquilo que, todos os dias, lhes dizem ser a realidade: que o mundo está do avesso, ao abandono, na pobreza (para mim, principalmente de espírito). E quando os vejo a insurgir-se contra o mundo, contra mim, escuto com atenção e deixo falar, desabafar. Mais nada posso fazer por eles.

Mas a batalha que travo não é pêra doce. Bem sei que existem males muito piores do que os que sofro e perante muitos deles, na minha mente, soo egoísta e picuinhas mas não me comparo a ninguém. Menores ou maiores também tenho situações por resolver.

Também eu cansei-me de gritar, de espernear, de lutar pelo óbvio, de alertar, de consciencializar, de fazer ver como acções magoam-me, quebram-me e enfraquecem-me. E esse meu cansaço levou-me ao caminho da aceitação. Aceito que as pessoas são como são e não posso muda-las. Assim sendo a única pessoa a mudar aqui serei eu. O que faço agora vai, com certeza, afastar muita gente mas em contrapartida deixará junto a mim quem realmente tem de estar. Só isso descansa-me.


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